quinta-feira, 27 de maio de 2010

COMPORTAMENTO HUMANO DAS ORGANIZAÇÕES: O HOMEM RUMO AO SÉCULO XXI

O Homem: Trabalho e Participação no Quadro Geral do Desenvolvimento Organizacional
KANNANE, Roberto, Comportamento Humano das Organizações: O Homem Rumo ao Século XXI, 2ª edição, SP, Editora Atlas, 1999, 136 páginas, Capitulo 03: O homem: Trabalho e Participação no Quadro Geral do Desenvolvimento Organizacional, pag. 54 a 76.

Em seu livro Roberto Kannane procura fazer uma analise do comportamento humano nas organizações, focando certos papéis profissionais a ser desempenhado bem como as interfaces com o meio ambiente em um mercado em profundas mudanças. Fala também da interdependência entre a conduta individual ou em grupo e o ambiente organizacional e o seu processo de desenvolvimento.
Ele busca ainda, através do conceito de representações Sociais, fundamentar as interações sociais hierárquicas, identificando a conduta humana nas suas diferentes influências e possibilidades e limitações quanto à questão ligada à participação.
Sugerem ainda alternativas de ação para a valorização do potencial humano através do diagnostico das motivações do trabalhador e as representações sociais do trabalho desempenhado, considerando uma abordagem holística representada pela busca da qualidade total e as perspectivas atuais rumo ao século XXI.
De acordo com o capitulo a ser trabalhado o autor procura fazer uma analise das relações entre o individuo consigo mesmo, com o grupo, com a organização e com o meio ambiente. Esta analise está ligada as relações sob o olhar dos sistemas trabalhistas e dos processos relacionados; considerando também os comportamentos e influencias da interação dos indivíduos e grupos a fim de entender de que forma funciona o comportamento organizacional. Ao olhar da Psicologia o desenvolvimento humano é a base principal no processo de melhoria do individuo fazendo-o desempenhar as sua atividades e tomando consciência do seu papel nas organizações, traçando caminhos e critérios visando uma auto realização, bem estar, conforto psíquico, e cooperando com o sistema.
O relacionamento interpessoal no trabalho reflete diretamente na participação dos envolvidos junto às organizações que vem se preocupando cada vez mais com o potencial humano. Essa preocupação é tida como o processo de valorização buscando a atuação efetiva nos processos internos. Outro fator de extrema importância é a preocupação com o desenvolvimento e qualidade dos trabalhadores e com suas qualidades de vida visto que a satisfação e bem estar deles refletem diretamente nos resultados e no clima organizacional do ambiente de trabalho. Muitas empresas buscam incentivar o desenvolvimento de seus funcionários e das suas potencialidades existindo assim uma participação e responsabilidade por parte dos superiores, deixando de lado as relações tensas. Por conta disso, as organizações só tendem a ganhar adotando processos de desenvolvimento para que possam criar um ambiente harmônico de trabalho.
As organizações têm como objetivo estabelecer metas, padrões de trabalho e comportamento de acordo com as suas necessidades e política, trabalhando juntamente com o seu pessoal para atingir os resultados considerados satisfatórios ou superando as expectativas.
O conceito de desenvolvimento organizacional não está ligado à idéia de manter, mas a idéia de melhorar o desenvolvimento grupal ou individual. Faz-se um grande esforço para atingir o progresso econômico, social e psicológico e melhorar a competitividade. Para isso a empresa precisa de funcionários felizes, motivados, orgulhosos do seu papel desempenhado dentro desta empresa. É preciso também que seja bastante conceituada, mapeando o ambiente de trabalho para atuar diretamente nas principais áreas de problemas, tomar decisões adequadas e estar sempre em busca de informações para que possa usufruir de bons resultados e de melhoria continua. É fundamental também manter motivado o comportamento e a capacidade do homem visando à importância do individuo dentro do processo, valorizando o capital humano, através do reconhecimento de suas potencialidades, permitindo seu crescimento e fortalecimento entre a organização e das pessoas. No novo mundo é necessário que os grupos acompanhem as mudanças ocorridas, já que exigem também uma melhor capacitação, para alcançarem as metas e objetivos desejados.

domingo, 23 de maio de 2010

O humanismo na formação do Administrador

A princípio precisamos entender o papel do humanismo bem como seu conceito na formação do profissional.

Humanismo de acordo com Paviane e Dal Ri Jr (2000, apud BUSS e REINERT, 2008) tem por objetivo o desenvolvimento das qualidades do homem o que inclui a dignidade e valores e que um deve respeitar o outro.

O Humanismo engloba a filosofia as artes, bem como as línguas antigas, e estuda o comportamento do homem e toda sua complexidade individual e coletiva. Valores humanistas se relacionam com interatividade, criatividade, capacidade de opinar, assim é correto afirmar que um bom profissional precisa além do conhecimento técnico ter conhecimento humanista o que vai permitir conhecê-lo como homem e exercer valores sociais, culturais e não apenas econômico. As ciências humanas têm um papel importante, o de capacitar o homem para ser um bom profissional e um bom homem social.

A questão é: a universidade contemporânea reflete esse conceito formando técnico e homem?

De acordo com Ortega e Gasset (2000, apud BUSS e REINERT,2008) a universidade é apenas instituição que ensina o estudante a ser homem culto e bom profissional, porém isso significa limitar-se em conhecimento amplo e diversificado. Atualmente, as universidades se resumem em locais de cursos de vários níveis. A preocupação primária desta é preparar o estudante em uma determinada atividade restringindo sua capacidade de ampliar seu conhecimento como profissional humanístico, isso pode resultar em problemas sociais e pessoais. Outro problema das universidades atuais são as várias disciplinas que podem sufocar a interação, a criatividade, a comunicação dos envolvidos. De acordo com Santomé (1998, apud BUSS e REINERT, 2008), um dos grandes obstáculos da multidisciplinaridade está na falta de conhecimento amplo e cooperativo.

A especialização e a super especialização também contam negativamente para um bom profissional que se restringe em conhecimento apenas técnico, somando dificuldades, pois cega a capacidade eclética do profissional incluindo boa comunicação oral e escrita, interatividade e assim por diante.

Surge daí um ponto importante: o estudante. Infelizmente dados mostram que muitos que ingressam na faculdade tem por objetivo o diploma e não em crescer em conhecimento. Será que estudantes foram influenciados pelas universidades, ou foi o oposto? É difícil saber, mas a realidade é que o interesse pela universidade se resume em ganhar um diploma e se limitar em apenas conhecimento específico .

Segundo Buss e Reinert (2008), o interesse pela universidade fica restrito em preparar-se para uma determinada atividade e não no aprendizado amplo e humanístico. Para ser um bom profissional a formação técnica não basta, a educação abrange o conhecimento do homem como pessoa e profissional, que entenda outro homem, que tenha opinião e criatividade para elaborar soluções perante mudanças na sociedade e no mundo.

É isso que o curso de Administração visa buscar, o conhecimento humanístico. Reinert já enfatizava a necessidade de mudanças, em seu artigo “Cursos de Graduação em Administração”,a necessidade de um novo enfoque, ele alertava isso.

Desta forma, segundo o texto, o curso de administração abrangia várias matérias, porém precisava exercitar uma em especial, a formação humanista, embora fosse uma tarefa desafiadora uma vez que ela se restringia a unidade devidamente habilitada para esta formação. Daí a necessidade de uma pesquisa cautelosa para se obter resultados positivos, e assim mostrar a importância da formação humanista no curso de administração.

Os autores concluem que administração é um curso que não requer apenas conhecimentos técnicos , mas sim humanísticos, capaz de opinar , integrar, criar enfim um bom administrador, acima de tudo um conhecedor, explorador e humano.

O humanismo deve se fazer presente em todas as universidades, para que tenham profissionais que vão além de conhecimentos técnicos em seu âmbito de trabalho.

Referências:

BUSS, Ricardo; REINERT, José. O Humanismo na formação do administrador, 2008.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ambiente de trabalho: como lidar com o "funcionário-problema"?

Para especialistas, a dificuldade de propor soluções pode ultrapassar a esfera corporativa. É preciso identificar o fator que o "trava"


Por Camila F. de Mendonça, InfoMoney

Quem nunca conheceu um “funcionário-problema”? Nem bem aparece algum imprevisto, logo ele consulta a liderança. A dificuldade de propor soluções dificilmente é bem vista pelos colegas e pela gerência. Para muitos, o bordão “não leve problema, mas solução” deve ser difundido entre esses funcionários. Contudo, por trás dessa dificuldade, que pode prejudicar o desenvolvimento da carreira desse profissional, podem estar questões que muitas vezes ultrapassam a esfera corporativa.

Problemas pessoais e a insatisfação com o ambiente de trabalho podem ajudar a alimentar uma dificuldade que, de início, poderia ser resolvida de maneira simples. Para o headhunter da Agnis Recursos Humanos, Celso Georgief, é preciso verificar a origem dessa dificuldade do profissional de propor soluções. “Esse funcionário sempre foi assim ou começou a ter esse comportamento agora?”, questiona. “Se mudou agora, é preciso verificar o que está acontecendo”.

O especialista cita que, de maneira geral, os “funcionários-problema” podem não conseguir resolver questões no trabalho por insegurança, dificuldades técnicas, pendências pessoais ou porque podem estar desmotivados. Nesses casos, a voz ativa da liderança ajuda a solucionar ou ao menos a amenizar a questão. Porém, se o profissional demonstrar essa dificuldade desde o início da carreira, “o problema pode estar na liderança também”, acredita Georgief.

Dessa forma, a orientação deve alcançar as duas pontas, como acredita o sociólogo da Divisão de Planejamento e Desenvolvimento da Diretoria Geral de RH da Unicamp, José Miguel Lopretti. “A orientação também deve ser feita com a gerência”, acredita. “É sempre importante inserir o ambiente de trabalho nessa análise”, ressalta.

O papel do líder


Para Georgief, a área de RH tem condições de identificar o perfil do “funcionário-problema”. Após a contratação, cabe ao líder acompanhar esse profissional. Não que a gerência ou o RH sejam responsáveis pelas dificuldades apresentadas pelo funcionário, mas, se analisarem que vale a pena mantê-lo na equipe, os líderes têm papel importante na mudança de comportamento. “O bom líder vai perceber se ocorrer algum problema”, afirma o headhunter. “Na verdade, a situação exige uma capacitação do líder que vai além da técnica. Às vezes, a eficiência técnica atrapalha para se enxergar certos problemas”, completa Lopretti.


Se a questão for técnica, e o profissional mostrar interesse e motivação em se aperfeiçoar, a solução pode ser a capacitação, por exemplo. Por outro lado, se o fator tiver relação com questões pessoais, o jeito é conversar com o funcionário para averiguar se o problema de fato gera a falta de criatividade de resolver as questões no trabalho.

Para ter tamanha atenção dos líderes, porém, o profissional deve manter o interesse em mudar, acredita Georgief.

Ainda assim, outras questões podem alimentar os “funcionários-problema”. “Se ele estiver desmotivado, pode não estar no departamento adequado”, diz, mas alerta que a empresa não pode ficar refém de funcionários com esse perfil. Mas ele pode ganhar crédito dos líderes se mostrar motivação. “Se ele tiver oportunidades, mas não apresenta melhora, só resta a demissão”.

O problema tem solução?


Ajudar o profissional a conseguir lidar com a situação não é simples. “Não existe uma fórmula mágica e a contextualização é importante e fundamental para o acompanhamento do funcionário e da liderança”. Essa contextualização significa identificar no ambiente do trabalho do profissional as possíveis causas da falta de percepção de soluções.

“Muitas vezes, existe uma incapacidade de o funcionário desenvolver seu potencial, de exercer sua criatividade a fim de ser produtivo”, diz o sociólogo, explicando que essas dificuldades são mais perceptíveis no ambiente de atuação do profissional. Por isso, o papel do líder é importante nesse processo de mudança. “O papel do líder é importante porque ele tem de estar atento não só com os resultados, mas com a equipe”, acredita Georgief.

Para ele, é preciso construir um ambiente corporativo que dê espaço para que o funcionário possa ter voz para que se sinta seguro o suficiente para começar a elaborar suas próprias conclusões sobre os processos. A partir daí, conseguirá propor soluções.

Lopretti não acredita em mudanças repentinas e fórmulas mágicas. Criar um ambiente favorável para o funcionário pode não resolver o problema. “Agir preventivamente não é desenvolver vacina contra determinados comportamentos, é criar espaço para administrá-los de forma eficiente”.

A questão dos “funcionários-problema” não é evitar levar dificuldades para a liderança, é pensar na melhor maneira de lidar com as próprias dificuldades, sem prejudicar a carreira. Para tanto, é preciso identificar o que o faz “travar”, para, somente a partir daí, abrir caminhos para a criatividade.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Dicas de livros


Os 10 Mandamentos Para Gestão de Pessoas

Os 10 Mandamentos Para Gestão de Pessoas

Autor: DOLAN, Simon; PINEDA, Eduardo Soto
Editora: Qualitymark
Assunto: Administração - Recursos Humanos
Qtde. de páginas: 318

Descrição do livro

Por meio de dez mandamentos, os autores do livro expõem os princípios que guiam o comportamento ideal de executivos e empregados de uma corporação para que seus esforços atinjam os resultados esperados. As mais de 300 páginas reúnem depoimentos de profissionais das áreas de RH e administração, além de gráficos, figuras esquemáticas e tabelas. Tudo a fim de descrever e ilustrar a importância de se aplicar conceitos como motivar e reconhecer esforços.

O Guia do Caçador de Tendências

O Guia do Caçador de Tendências

Autores: LINDKVIST, Magnus
Editora: Gente
Assunto: Administração
Qtde. de páginas: 200

Descrição do livro

Magnus Lindkvist ensina o que podemos aprender com os eventos ocorridos nos últimos dez anos, desde o ataque às torres gêmeas até o colapso financeiro de 2008. O leitor é convidado a, além de aguçar seus sentifos para as sensações do cotidiano, começar a ditar tendências. Isso porque todos nós precisamos compreender e nos adaptar às mudanças na sociedade, na vida e nos negócios.

Cultura e Comunicação Organizacional - Um ohar estratégico sobre a organização

Cultura e Comunicação Organizacional - Um ohar estratégico sobre a organização

Autor: MARCHIORI, Marlene Regina
Editora: Difusão
Assunto: Comunicação e Linguístia
Qtde. de páginas: 288

Descrição do livro

O assunto central desta obra é a comunicação corporativa por meio da gestão de pessoas. Para tratar do tema, Marlene Regina Marchiori traz ao leitor o estudo da cultura, seus significados e conceitos para, finalmente, levá-lo a um olhar estratégico sobre a organização. Para isso, é traçado um paralelo reflexivo entre a visão de mundo e a evolução das organizações.

Coaching Eficaz - Como orientar sua equipe para potencializar resultados

Coaching Eficaz - Como orientar sua equipe para potencializar resultados

Autor: CLUTTERBUCK, David
Editora: Gente
Assunto: Administração
Qtde. de páginas: 320

Descrição do livro

Como um coaching de equipes bem feito permite que as pessoas percebam mais claramente as prioridades, sejam criativas na resolução dos problemas e alcancem equilíbrio entre a administração de uma tarefa, o livro apresenta sugestões de técnicas e abordagens produtivas. Tudo isso a fim de ajudar a lidar com temas como a administração dos relacionamentos interpessoais e o estabelecimento de metas.

Descubra seus Pontos Fortes

Descubra seus Pontos Fortes

Autores: BUCKINGHAM, Marcus e CLIFTON, Donald O.
Editora: Sextante
Assunto: Administração - Liderança
Qtde. de páginas: 272

Descrição do livro

Ao constatarem que a maioria das empresas dá pouca ou nenhuma atenção aos pontos fortes de seus funcionários, os autores decidiram elaborar um material que pudesse ajudar o profissional a descobrir quais são e como aprimorar seus talentos. O livro também traz dicas de como identificar os pontos fortes dos seus colaboradores. A ideia é deixar os pontos fracos em segundo plano e usar a energia para aprimorar aquilo que a pessoa já faz bem.

Squawk! - Pare de Fazer Barulho e Resolva

Squawk! - Pare de Fazer Barulho e Resolva

Autor: BRADBERRY, Travis
Editora: Gente
Assunto: Administração - Carreira
Qtde. de páginas: 176

Descrição do livro

Por meio de uma fábula, o autor apresenta soluções para problemas que insistem em povoar qualquer ambiente corporativo. O objetivo é fornecer lições simples sobre gestão e sobre como tornar a passagem pelo mundo corporativo mais produtiva, mais tolerante e menos barulhenta.

Vá Direto ao Assunto

Vá Direto ao Assunto

Autor: LEVINE, Stuart R.
Editora: Sextante
Assunto: Administração - Desenvolvimento Profissional
Qtde. de páginas: 160

Descrição do livro

A fim de ajudar o profissional a desenvolver a objetividade, estabelecer prioridades e abordar as tarefas com clareza, o consultor Stuart R. Levine apresenta 100 regras baseadas no conhecimento adquirido ao longo de sua carreira. Os capítulos são curtos e diretos, ensinando a lidar com pessoas difíceis e a realizar reuniões de 10 minutos.